“A vida é o que acontece enquanto se está ocupado a fazer outros planos.” John Lennor
O tempo é absoluto! Assim postulava Newton na sua obra “Philosophiae Naturalis Principia Mathematica” de 1687, a obra em que explica a sua famosa e incontornável Lei da Gravidade Universal.
Embora, nas lides complexas da física teórica, Einstein, mais tarde, viria a afirmar, e com razão, que o tempo é relativo, contudo para o comum dos mortais é Newton que continua a ter razão.
O Ser Humano, na sua capacidade e na sua necessidade de ter consciência de si, não vive sem o tempo. É pelo tempo que a Humanidade se situa, é pelo tempo que a Humanidade se define e se assume perante ela própria.
A Humanidade conhece-se pela sua história, pelo seu passado, como se posiciona no presente, como se projeta para o futuro e, tudo isso, é tempo.
Cada indivíduo diz que pertence a um país, a uma cultura, a um grupo, a uma nação, porque partilha um passado comum, um passado repleto de feitos, conquistas e derrotas, mas um passado que ficou perpetuado na memória, logo no tempo.
Nessa perspetiva, o presente, o que se é aqui e agora, é o resultado de tudo o que passou e de tudo o que se pretende que seja. Os sonhos, as aspirações, os planos, as ambições são algo que é projetado no futuro, isto é, o tempo que ainda não se cumpriu.
Desta forma, o tempo e a sua relação com o espaço são fundamentais para que a espécie humana se entenda, tenha consciência de si, se assuma. E se é assim para o Homem enquanto grupo, assim também o é para o Homem enquanto indivíduo.
O Indivíduo, a sua história, o seu posicionamento entre os outros, como se assume a si e como os outros o assumem a ele, está intimamente relacionado com o tempo. A vida, afinal, é tão somente o tempo percorrido entre o momento do nascimento e da morte, e o indivíduo avalia-se e é avaliado, tanto no presente como no futuro, por tudo o que fez nesse hiato.
Também o indivíduo tem o seu passado, onde reside o seu património de experiências, de aprendizagem, de vitórias e de erros, que numa sucessão de causas e efeitos, definem, em pleno, o que é o indivíduo no presente. Esse presente define o que o indivíduo faz, o que exerce, como se relaciona com o grupo, como o grupo se relaciona com ele.
E, esse presente (que a ciência define como sendo 3h30 minutos) orienta o indivíduo para o seu futuro, abrindo-lhe ou negando-lhes oportunidades, motivando-o ou não para determinadas ações, afastando-os de outras…
O tempo é o que define a pessoa, o ser, o indivíduo. Quando alguém se apresenta conta a sua história, o seu percurso.
Nas empresas passa-se exatamente o mesmo. Medimos a nossa eficiência no sector empresarial quando conseguimos, no mais curto espaço de tempo realizar o máximo de valor. O cerne da otimização de processos, da automação, da engenharia de procedimentos é, de facto, fazer o melhor em menos tempo.
Nos últimos tempos, com a digitalização, especialmente no período “pós-pandémico”, o tempo adquiriu uma “nova configuração”. Tornamos o tempo mais rápido, isto é, temos menos tempo para fazer menos coisas e, tudo isso, sem diminuir os níveis de eficácia.
Não é por acaso que é lendária e quase um dogma para os empresários a frase “Time its Money”. Assim, o tempo somos nós, e nós somos o nosso tempo, sejamos indivíduos, grupos ou empresas.
Desta forma, o tempo, esse, é uma realidade, é um património, é um valor, é um ativo que, sendo tão central e tão absoluto, tem de ser, obrigatoriamente, gerido. Por ele, e com ele, cada um relaciona-se com a sua cultura, com o seu grupo, com a sua empresa, com os mercados, consigo próprio. Por ele, e com ele, cada um é avaliado, julgado, lembrado. Por ele, e com ele, define-se o que é a vida, o que é a felicidade, o que é a completude, o que é valor, o que é lucro, enfim, o que é sucesso.
A gestão do tempo, como ele se controla, como se aplica como ativo, como património, como riqueza, embora não sendo absoluto, facilita muito a vida de quem o faz, melhora os resultados, ajuda a concretizar sonhos, planos e aspirações.
A gestão do tempo não é absoluta, porque o tempo de cada um depende, intimamente, do tempo de todos os outros, mas condiciona, muito e, espera-se, positivamente, os resultados que o tempo produz. Desta forma, cada um ter o seu próprio método de gestão de tempo, ter a sua própria maneira de pensar e planear o dispêndio desse ativo limitado, é um passo importante, se não fundamental, para se atingir o sucesso, seja em indivíduos, seja em empresas.
Assumir o tempo como um ativo, tal como o dinheiro, as matérias-primas, as máquinas ou o “capital humano” é obrigatório, assim como é imperiosa a aposta em sistemas que possibilitem a sua gestão de um modo eficaz, rentável e eficiente.
O tempo é o fator diferenciador em todos os processos empresariais porque é um dos únicos que pode, em simultâneo, aumentar o valor e diminuir o preço.
Por isso apostar na formação e implementação de métodos eficazes de gestão de tempo (e de prioridades na execução da estratégia) é absolutamente basilar para as empresas especialmente naquelas que atuam no mercado global ou estão em processo de internacionalização.
Autor: equipa do BLOG do BOW