“Com ordem e tempo, descobre-se o segredo de tudo fazer, e fazer bem.” Pitágoras

O mundo contemporâneo move-se e processa-se, cada vez mais, de um modo veloz e exigente, ainda mais, quando se está a negociar ou a iniciar operações nos competitivos mercados internacionais.

As nossas vidas, as nossas carreiras, as oportunidades de negócio seguem, cada vez mais, um ritmo alucinante que nos leva a manter-nos, sempre, atualizados, preparados, atentos.

No passado, os indivíduos aprendiam um ofício quando eram jovens (mesmo crianças), normalmente o mesmo ofício que os seus pais e, nele ficavam, a vida toda, não raras vezes na mesma empresa, na mesma organização. Hoje, tal circunstância é impensável. O mesmo indivíduo, ao longo da sua vida, pode ter muitos ofícios, muitos empregos, em muitas empresas e organizações.

Essa circunstância é provocada pela natureza de mercados cada vez mais competitivos, pela globalização que esbateu ou mesmo derrubou fronteiras, pelo aumento do poder de compra e consequente crescimento da procura, assim como um consumo cada vez mais exigente.

É, afinal, esta a razão e a motivação do investimento das empresas na internacionalização. Mas também não se pode esquecer o aumento exponencial da evolução da ciência e da tecnologia que, todos os dias, fornecem e inundam o mundo e os mercados com novas descobertas, novas tecnologias, novas soluções e novos produtos.

Essas descobertas, tecnologias, soluções e produtos não só alteram o modo como vivemos como também criam novos métodos de fabrico, técnicas de produção, sistemas de conceção, seja de produtos ou de serviços. Desta forma, não se pode seguir a lógica do passado em que, o que se aprendia em relação a um ofício na juventude, assim permanecia pela vida toda.

Hoje, todos nós, temos de estar constantemente a aprender, a crescer, a progredir, porque, de outra forma, não conseguimos acompanhar a rápida evolução do mundo produtivo. Hoje em dia, estar constantemente a progredir, a aprender, a evoluir não é uma questão de atingir o sucesso, é uma questão de sobrevivência.

Com a alteração constante dos métodos de conceção, de fabrico e de produção que visam a otimização dos processos para cada vez mais, fornecer produtos melhores e mais baratos a mercados cada vez mais exigentes, o individuo que não acompanha essa evolução perde, completamente, a sua capacidade de produzir e, consequentemente, de se manter no mercado de trabalho e assegurar a sua subsistência.

Desta forma, a permanente e constante formação é uma obrigatoriedade, uma necessidade, um imperativo de todos nos dias de hoje. E o que se aplica aos indivíduos aplica-se, exatamente, da mesma forma e com o mesmo impacto às empresas. Mas, se os indivíduos têm de recorrer a essa formação para se manterem ativos e produtivos, também têm de se criar conteúdos, métodos e processos que possam, de um modo eficaz, fornecer-lhes a formação que tanto precisam. Durante muito tempo, demasiado tempo, a formação foi e assumiu-se, somente, como um “fornecer” dos conteúdos que eram necessários e pedidos por todos os que recorriam aos cursos.

Mas, temos de assumir, que, tal como tudo, também a formação tem de seguir os princípios que, hoje, regem toda a civilização: otimização, qualidade, eficiência e baixo custo. Para isso, é necessário repensar todo o processo formativo de modo que seja, de facto, assertivo, eficaz, dirigido, e que, no mais curto espaço de tempo e com o menor custo possível, dote os indivíduos de conhecimentos, competências e métodos que lhes permitam acompanhar a evolução social e, com isso, manter a sua competitividade, empregabilidade e sustento.

Este esforço é uma responsabilidade e um dever de todos os que estão envolvidos no processo formativo, desde formadores a planeadores, desde coordenadores a supervisores, a empresários e investidores.

Desta forma, a “reinvenção” do processo formativo é necessária, um repensar profundo que torne os cursos e as ações algo mais direcionado, produtivo, eficaz e que colmate, de facto, as necessidades dos indivíduos e dos mercados. Só assim será possível criar conteúdos, programas e formações que, de facto, contribuam para o progresso social, para a evolução das comunidades e para a prosperidade e sucesso de todos os indivíduos.

Temos, todos, em conjunto, de gerar uma nova mentalidade nos agentes envolvidos no processo formativo, criar uma necessidade de refletir sobre todos os passos da formação, encontrar as causas, as razões, os fundamentos de cada processo e, com isso, conseguir a sua melhoria, a sua exponenciação, de modo a que, cada vez mais, atinjam os objetivos a que se propõe.

Porque, nos mercados internacionais (como em tudo) só os mais capazes e aptos vencem atingem o sucesso, e, hoje em dia, os mais capazes e aptos são quem mais investe em formação, em treino, em saber.

 

Autor: equipa do BLOG do BOW