A abordagem estratégica para decisões de Insourcing (FAZER) vs Outsourcing (COMPRAR), para diversas funções como R&D, Produção, Distribuição, Pós-Venda, entre outras, requer que a empresa reflita sobre as suas competências e sobre o seu posicionamento e fatores competitivos. 

Esta é uma decisão estratégica, que terá impacto na performance da organização, na qualidade do serviço prestado/ bens produzidos, na estrutura de custos, bem como na gestão de risco, e irá moldar a natureza do negócio. 

A questão chave é: Quais os processos que devem ser realizados pela organização e quais devem ser externalizados?

A figura mais abaixo ajuda, num formato visual, a como tomar a decisão:

Outsourcing (COMPRAR)

  • Visam obter competências e experiências especializadas
  • Querem diminuir o foco da gestão em atividades não centrais
  • Pretendem aumentar a velocidade de entrega trabalhando com fornecedores de dimensão e especializados
  • Visam aumentar o nível de capacidade obtendo flexibilidade para variações na procura com reduzido risco
  • Pretendem reduzir os níveis de investimento necessários

Insourcing (FAZER)

  • Querem manter a organização focada em competências centrais 
  • Existe dificuldade em identificar fornecedores com níveis de qualidade adequados 
  • Visam ter níveis de sincronização operativos elevados, com maior controlo da operação 
  • Querem rentabilizar a utilização de capacidade interna excedente 
  • Visam manter os custos reduzidos, quando a operação implementada tem escala e é especializada
  • Visam ter um conhecimento próximo do mercado, potenciando a proximidade com a operação

No caso de adoção de uma estratégia de Outsourcing, é crítico realizar uma qualificação prévia dos fornecedores, que facilite posteriormente a gestão do mesmos. Podem ser avaliados ao nível de: 

  • Analisar a reputação e avaliar a sua confiabilidade, recorrendo a diversas fontes de informação (nomeadamente análise de resultados financeiros, portais públicos de sanções internacionais/ corrupção, media)
  • Avaliar probabilidade de comportamentos oportunistas (ex: captação de tecnologia/ patentes), e a sua prevenção através de estabelecimento de contratos adequados

Existem dois principais tipos de regimes na gestão de fornecedores: os contratos e as parcerias. 

  • Os contratos são acordos, essencialmente transacionais, suportados em documentos formais que especificam as obrigações legais e os papéis de ambas as partes. Estes têm como objetivo reduzir a incerteza e podem ser definidos de acordo com diferentes tipologias (ex. preço fixo, custos reembolsáveis, preço unitário, …)
  • As parcerias são mecanismos interorganizacionais, que não se esgotam nas relações contratuais, prevendo a criação de valor mútuo para ambas as partes: os parceiros partilham de competências e recursos, desenvolvendo projetos comuns para alcançar benefícios conjuntos

À medida que aumenta a profundidade do processo de internacionalização de uma empresa, aumenta o impacto de integração na sua cadeia. Tal poderá implicar recorrer a um conjunto de ações de alinhamento: Reconfiguração da Cadeia: Diferenciação do Produto/ Serviço consoante o mercado; Coordenação da Cadeia (quando aplicável, e tipicamente em empresas de maior dimensão)