Se a empresa está a explorar um novo potencial de exportação, uma forma de testar a oportunidade e começar a obter exposição é através da participação numa feira/certame internacional. Neste artigo tentamos partilhar dicas sobre como encontrar os melhores eventos e tirar o máximo proveito deles.

O facto de uma feira ou um evento internacional parecer ideal, não significa que fará sentido que a empresa marque presença, sem antes fazer uma pesquisa do conteúdo e dos benefícios da participação. As empresas podem e devem tentar entrar em contacto com o organizador do certame e solicitar informações como listas de expositores, informações demográficas dos visitantes, programa das conferências; detalhes do orador, bem como relatórios pós-evento.

Outra sugestão é visualizar o calendário do BOW e verificar se há uma feira ou missão que vá ao encontro da sua estratégia. Ou entrar em contacto com a AEP para que seja encontrada uma solução que se ajuste à necessidade da empresa

Estes eventos são, geralmente, direcionados a uma indústria e às pessoas envolvidas ou interessadas nesse setor específico. Expor numa feira pode ser uma ótima forma de anunciar para um mercado-alvo e criar o reconhecimento da marca. 

Isso fornece uma plataforma para que as empresas possam promover os seus produtos ou serviços junto de um grupo mais alargado de potenciais clientes, que, geralmente, podem ter pouco ou quase nenhum conhecimento sobre os produtos ou serviços oferecidos pelas empresas.

Dependendo do tipo de negócio, os testes dos produtos e de mercado podem ser realizados em feiras e em exposições para que, assim, a empresa obtenha uma opinião geral ou específica no âmbito do setor industrial onde a mesma se insere.

Estar envolvido numa feira ou exposição pode fornecer oportunidades para que a empresa possa expandir-se para o comércio B2B e criar uma pequena base de dados inicial de potenciais clientes, parcerias ou contactos-chave dentro da indústria. Além disso, ter em atenção se a feira ou o evento possui dimensão nacional, regional ou internacional é um aspeto que as empresas não podem menosprezar.

E saber fazer perguntas – quantos são os expositores, de que países? Perfil de visitantes, de que países? Que apoio a organização pode dar na comunicação? Note-se que participar numa feira é um processo e não um fim em si mesmo. O followup dos contatos é “aonde está o dinheiro”.

A dimensão da feira ou do evento pode suscitar que a empresa faça uma avaliação tendo em conta a determinação do seu projeto de internacionalização, que estará claramente alinhado com eventos de dimensões regionais ou internacionais.

Por último, é importante que a empresa também tenha em conta dois aspetos importantes: qual será o local (booth or stand) onde a empresa ficará instalada durante o evento. É importante que a empresa esteja num local de fácil acesso e com visibilidade para permitir e garantir que haja interação com outros participantes e visitantes do evento.

Participar ou visitar feiras internacionais pode trazer grandes benefícios para a sua organização. Estes benefícios incluem oportunidades para trabalhar em rede, colaborar, adquirir conhecimento, desenvolver capacidades e preparar a organização para o futuro.

O networking é mesmo um dos maiores benefícios de participação em certames internacionais, aspeto transversal aos mais variados setores de atividade. Construir relacionamentos é mais fácil de forma presencial, e este tipo de eventos oferece uma ótima maneira de conhecer novas pessoas e contactar com aqueles que a empresa possa eventualmente já conhecer.

As feiras continuam a ser o melhor meio tradicional de fazer negócios em termos internacionais – onde num período curto de tempo podemos ter compradores de todas as zonas económicas mundiais a visitar o nosso espaço e soluções.

O segredo nas feiras não é participar, é o antes, o durante e o depois. Depois calcular o Custo de Aquisição de Clientes da mesmas (priorizar as importantes ajustadas à estratégia da empresa). Não há orçamento numa PME para ir a todas as que são realmente importantes. Nos mercados menos maduros é uma obrigação (nos mais maduros também é importante, até para simples posicionamento…e consistência na proximidade ao mercado).

A isso poderemos juntar as missões setoriais também. Hoje existem mais ferramentas para abordar mercados pela via digital, quando há orçamento, tentar complementar o tradicional com o digital. Depois depende do modelo de negócio – há empresas que nascem globais e não têm de fazer feiras para vender – no limite vendem sem visitar os mercados alvo!

A equipa comercial dos mercados externos tem a oportunidade de conhecer novos clientes ou parceiros de negócios e fortalecer os relacionamentos com os clientes já existentes. Geralmente associadas a este tipo de eventos estão as conferências empresariais.

Numa conferência, os empresários poderão conhecer especialistas e líderes do seu setor de atividade, bem como profissionais que enfrentam os mesmos desafios. Cada um poderá perceber, de forma mais precisa, as dinâmicas dos mercados internacionais e, também, estar perto de muitos dos seus colegas num novo ambiente, o qual poderá mesmo potenciar a sua motivação.

Ao colaborar com a sua rede internacional e ao ouvir especialistas do setor, cada empresa pode efetivamente desenvolver a sua base de conhecimento, através da exploração de informações sobre:

  • Novas ferramentas e equipamentos;
  • Tecnologias atuais e futuras;
  • Técnicas ou processos úteis;
  • Melhores práticas e padrões do setor;
  • Alterações no setor;
  • Pontos fortes e fracos dos concorrentes.

A sua equipa poderá, então, trazer essas informações de volta à sua empresa para melhorar os seus produtos, serviços ou sistemas e, finalmente, expandir os seus negócios. Logo as feiras e outros eventos (como as missões empresariais) continuam a ser uma ferramenta muito importante na expansão internacional.

Autor: Equipa de conteúdos do BLOG do BOW @07,2019